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13/04/2016

Responsável pelo estudo publicado na revista americana “Science” que relaciona o vírus zika à ocorrência de microcefalia, uma equipe do Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (IDOR) e da UFRJ testa no momento dez medicamentos já existentes para serem usados por grávidas infectadas. Um dos remédios, afirma o neurocientista Stevens Rehen, que lidera o grupo, já apresenta resultados promissores na proteção do tecido nervoso contra o ataque do vírus.

 

A pesquisa vem sendo feita com o uso de minicérebros criados em laboratório, que simulam o cérebro fetal (exatamente a formação do córtex cerebral) em desenvolvimento nos primeiros dois meses de gestação. Como divulgado domingo na “Science”, uma das mais conceituadas revistas científicas do mundo, os especialistas constataram que, em 11 dias após a infecção pelo zika, há uma redução de 40% no crescimento do minicérebro.

 

De acordo com Rehen, a expectativa do grupo, formado por dez pesquisadores, é ter em até dois meses a descoberta de um remédio (e não vacina) que possa ser usado por grávidas:

 

— Há dez medicamentos hoje sendo testados, sendo que um tem chance de reduzir a morte celular causada pelo zika. Se ele mexe com a replicação viral, não sabemos ainda. Precisamos de muitos outros testes para apresentar esse medicamento como uma possibilidade de utilização por mulheres grávidas.

 

Ele explica que, como os testes são feitos com medicamentos já usados para outras doenças, caso haja um resultado positivo na sua aplicação contra os estragos provocados pelo vírus, eles poderão chegar mais rapidamente às grávidas. Os primeiros resultados devem sair em dois meses.

 

Fonte: Abradilan

Postado às 16:48
07/04/2016

Uma dose diária de vitamina D melhora a função cardíaca em pacientes com insuficiência cardíaca. A conclusão é de um estudo apresentado na segunda-feira durante o 65ª Congresso do Colégio Americano de Cardiologia, realizado em Chicago, nos Estados Unidos.

 


Estudos anteriores já relacionaram a deficiência de vitamina D - cuja produção está associada à exposição ao sol - com a insuficiência e outros problemas cardíacos. Mas este é o primeiro a mostrar que a suplementação da vitamina nestes pacientes pode, de fato, melhorar a função cardíaca.

 

Para chegar ao resultado, pesquisadores da Universidade de Leeds, na Grã-Bretanha, realizaram um experimento com 160 pacientes com insuficiência cardiáca e que já estavam sob algum tratamento, como o uso medicamentos ou de marca passo. Durante o período de um ano, os participantes foram divididos em dois grupos: o primeiro recebeu doses diárias da vitamina, enquanto o segundo tomou um placebo.

 


Após esse período, os participantes foram submetidos a exames que mediam a função cardíaca. Os resultados mostraram que aqueles que tomaram a vitamina tiveram uma melhora considerável na fração de ejeção - quantidade de sangue bombeada pelo coração a cada batimento. Enquanto o grupo de controle não registrou nenhuma mudança.

 

Em geral, a fração de ejeção de uma pessoa saudável fica entre 60% e 70%. Nos pacientes do estudo, contudo, a média de fração de ejeção no início do experimento era de apenas 26%. Após a suplementação, a função de bombeamento dos participantes que tomaram a vitamina D subiu para 34%.

 

"Este é um avanço significativo para os pacientes e é a primeira evidência de que a vitamina D pode melhorar a função cardíaca de pessoas com fraqueza do músculo cardíaco - conhecida como insuficiência cardíaca.", disse Klaus Witte, líder do estudo.

 

Para os autores, essa descoberta significa que tomar vitamina D regularmente pode diminuir a necessidade de usar um cardiodesfibrilador implantável (CDI), um dispositivo que detecta alterações perigosas do ritmo cardíaco e, se necessário, libera um choque forte no peito que provoca retorno do coração ao ritmo normal.

 

Fonte: Veja Online

Postado às 11:46
31/03/2016

O excesso de peso pode prejudicar sua memória. Em um estudo publicado recentemente no periódico científico The Quarterly Journal of Experimental Psychology, pessoas com sobrepeso (IMC acima de 25) tiveram um desempenho pior em testes de memória.

 

Para chegar a essa conclusão, pesquisadores da Universidade de Cambridge, na Grã-Bretanha, realizaram um experimento com 50 participantes com idade entre 18 e 35 anos e índice de massa corporal (IMC) entre 18 (normal) e 51 (obesos). Os voluntários foram submetidos a um teste de memória que consistia em um jogo de computador no qual eles precisavam esconder diferentes objetos em um cenário complexo, como um deserto com palmeiras, durante dois dias. Após este período, eles precisavam dizer aos cientistas quais objetos tinham sido escondidos e em qual lugar.

 

Os resultados mostraram que as pessoas com sobrepeso (IMC entre 25 e 30) e obesas (IMC maior que 30) tiveram pior desempenho no teste de memória do que aquelas com um índice de massa corporal considerado normal (entre 18 e 24,99). Eles concluíram também que o rendimento caia conforme o IMC aumentava.

 

De acordo com os autores, esses resultados indicam que o aumento do IMC pode levar a mudanças estruturais e funcionais no cérebro que reduzem a capacidade de formar e recordar memórias episódicas. Uma explicação para isso pode estar no efeito da gordura sobre a insulina. Segundo Lucy Cheke, líder do estudo, o excesso de gordura causa picos descontrolados de insulina no sangue, o que por sua vez atrapalha a sinalização entre os neurônios e, consequentemente, a uma redução no desempenho cognitivo.


Além disso, a redução da memória episódica - como resultado do aumento do IMC - pode contribuir para o aumento de peso, já que, muitas vezes, pessoas com memória ruim não se lembram do que comeram e tendem a comer mais.

 

"Nós não estamos dizendo que as pessoas com excesso de peso são necessariamente mais esquecidas. Nossa descoberta pode significar que as pessoas com sobrepeso são menos capazes de reviver vividamente detalhes de eventos passados. Isso, por sua vez, pode prejudicar a sua capacidade de usar a memória para regular o consumo de alimentos", disse Lucy.
Uma dica da autora é prestar atenção no que se come e evitar fazer refeições com distrações como assistir TV.

 

Para os autores, embora este seja um estudo pequeno, aos resultados mostram a necessidade de realizar mais pesquisas sobre os fatores psicológicos que podem levar à obesidade.

 

"Ao reconhecer e abordar estes fatores psicológicos não só podemos chegar a compreender melhor a obesidade, como podemos criar intervenções que podem fazer uma diferença real para a saúde dos obesos", disse Jon Simons, coautor do estudo.

 

Fonte: Veja online

Postado às 11:58
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