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18/01/2016

O ministro da Saúde, Marcelo Castro, anunciou um novo exame capaz de diagnosticar simultaneamente os vírus da dengue, zika e febre chikungunya. Em visita ao campus da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, que desenvolveu o chamado Kit NAT junto ao Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP), o ministro explicou que o exame deve estar disponível ainda no primeiro semestre. "Já estamos com 18 dos 27 laboratórios centrais equipados para receber esse teste", disse em coletiva.

 

O teste é realizado com base na identificação de segmentos de material genético de vírus no sangue. Segundo explicou Marco Aurélio Krieger, vice-diretor de Desenvolvimento Tecnológico e Prototipagem do Instituto Carlos Chagas (Fiocruz-Paraná), o kit consegue amplificar os segmentos genéticos de cada vírus, tornando possível diferenciar cada um deles.

 

Entre os benefícios do novo teste está a rapidez do diagnóstico, essencial para o tratamento das doenças, já que antes era preciso realizar os exames separadamente. Além disso, os procedimentos anteriores usavam reagentes importados, fazendo com que o custo de um teste variasse entre 900 e 2 000 reais. Como o novo kit usa produtos nacionais, os exames saem por 20 dólares (cerca de 80 reais).

 

Zika - No caso do zika, o kit tem um importante limitação: só consegue detectar o vírus durante o curto período de infecção, que dura poucos dias. Só com o teste de sorologia, que analisa a resposta do sistema imune do paciente, grávidas em estágio avançado poderiam saber se contraíram ou não o vírus no início da gravidez. No entanto, esse tipo de exame ainda não foi desenvolvido para o zika, apenas para dengue e chikungunya.

 

Fonte: Veja Online

Postado às 16:06
13/01/2016

O Conselho Federal de Medicina (CFM) alterou as regras para tratamento da obesidade mórbida por meio da cirurgia bariátrica. A nova resolução foi publicada nesta quarta-feira no Diário Oficial da União (DOU). A principal mudança é a indicação do procedimento para pacientes com Índice de Massa Corporal (IMC) maior que 35 - e não mais acima de 40. O IMC é obtido pela divisão do peso pela altura ao quadrado.

 

A nova resolução do CFM aponta 21 doenças associadas à obesidade que podem levar a uma indicação da cirurgia, dentre elas depressão, disfunção erétil, hérnias discais, asma grave não controlada, diabetes, hipertensão e ovários policísticos.

 

Antes da alteração, pacientes com IMC acima de 35 só poderiam realizar a cirurgia se tivessem obesidade relacionada com outras doenças crônicas graves como diabetes tipo 2, apneia do sono, hipertensão arterial, dislipidemia, doença coronariana, osteo-artrites, entre outras.

 

Idade - Outra mudança nos critérios foi em relação à idade mínima para a cirurgia. De modo geral, o procedimento é voltado para maiores de 18 anos. Antes, jovens entre 16 e 18 poderiam fazer a cirurgia, caso o risco-benefício fosse bem analisado. Agora, de acordo com o CFM, além dessa análise e outras regras anteriores, devem ser observadas novas exigências, como a presença de um pediatra na equipe multiprofissional e a consolidação das cartilagens das epífises de crescimento dos punhos.

 

Para menores de 16 anos, a bariátrica só será permitida em caráter experimental e dentro dos protocolos do sistema Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CEP/Conep). Pacientes com mais de 65 anos poderão fazer a cirurgia desde que respeitadas as condições gerais descritas na resolução e após avaliação do risco-benefício.

 

Em uma das modalidades da cirurgia, conhecida como by-pass gástrico, o estômago do paciente, que normalmente possui o tamanho de uma bola de futebol, é reduzido para o equivalente a uma bola de golfe. Menor, o órgão é ligado diretamente ao intestino delgado, limitando a absorção de calorias.

 

Fonte: Veja online. 

Postado às 18:04
18/12/2015

Uma urgência durante o tratamento de cânceres é saber se os medicamentos prescritos estão surtindo efeito. Para tornar esse monitoramento mais preciso e menos invasivo, cientistas do Reino Unido trabalham em uma técnica baseada na análise do sangue dos pacientes. O método busca detectar mutações que acusem a ineficácia dos remédios. Detalhado recentemente na revista americana Science Translational Medicine, poderá, segundo os autores, se transformar em uma ferramenta importante no combate a tumores na mama.

 

A aposta dos estudiosos é no PCR digital, já utilizado para ler o código genético de pequenas quantidades de DNA liberadas por tumores. Foram analisadas amostras de sangue de 171 mulheres com câncer de mama, na busca por mutações do receptor de estrogênio chamadas ESR1. De acordo com os investigadores, essas alterações denunciam a resistência no combate à doença, principalmente em mulheres tratadas com inibidores de aromatase, uma classe de agentes hormonais muito utilizada no tratamento desse carcinoma.

 

A análise obteve resultados positivos, com chance de acerto de 96%, mesma eficácia de métodos usuais. “Olhar para o DNA do câncer no sangue nos permite analisar as mudanças genéticas nas células cancerosas sem a necessidade de biópsias invasivas. Nosso estudo demonstra como as chamadas biópsias líquidas podem ser usadas para rastrear o progresso do tratamento do tipo mais comum de câncer de mama”, explicou, em comunicado, Nicholas Turner, líder da equipe em oncologia molecular do Instituto de Pesquisa do Câncer em Londres e responsável pelo estudo.

 

O exame de sangue avançado, capaz de identificar as mutações ESR1, pode ainda revelar mais informações do câncer de mama em estágio crítico. De acordo com os autores, as mutações de ESR1 foram detectadas em 6% das voluntárias tratadas com os inibidores de aromatase quando a doença não se espalhou. Por outro lado, estavam em 36% das mulheres em tratamento, mas que sofreram metástase. “O teste poderia dar aos médicos um aviso antecipado de falha do tratamento. Como ensaios clínicos de medicamentos que têm como alvo as mutações ESR1 também têm sido desenvolvidos, o exame ajudará ainda a escolher o tratamento mais adequado para as mulheres com câncer avançado”, destaca Turner.

 

Eduardo Vissotto, oncologista clínico do Hospital Santa Lúcia, em Brasília, explica que a multiplicação de mutações que ocorrem nos tumores é um termômetro da evolução da doença. “O câncer de mama ocorre quando se perde o controle da reprodução do estrogênio. O tratamento consiste justamente em bloquear essa produção exagerada. Por isso a busca dessas mutações que ocorrem no DNA e a importância desse novo mecanismo. Com ele, podemos saber se o remédio consegue agir da forma correta”, avalia.

 

Personalização


A biópsia líquida tem sido objeto de pesquisa de diversos cientistas, que tentam encontrar maneiras de evitar processos mais invasivos e dolorosos aos pacientes, como as biópsias, sem perder a eficácia dos diagnósticos. “Nos últimos dois anos, tem havido um rápido progresso no desenvolvimento desses métodos para detectar mutações de câncer específicas na corrente sanguínea. Estou animado com as perspectivas desses novos testes e gostaria de, logo que possível, vê-los sendo usados em ensaios clínicos para que possamos mostrar que podem oferecer benefícios reais a pessoas com câncer”, destaca Turner.

 

Os cientistas também acreditam que a nova opção de exame possa trazer resultados mais precisos, por tratar cada paciente individualmente. “Estamos em uma nova era da medicina do câncer, a personalizada. As biópsias líquidas oferecem a esperança de que o tratamento possa ser monitorado e adaptado de acordo com a evolução de cada indivíduo”, explicou, em comunicado, Paul Workman, presidente executivo do Instituto de Pesquisa do Câncer em Londres e um dos autores do estudo.

 

Daniela Dornelles Rosa, oncologista do Hospital Moinhos de Vento–Porto Alegre e vice-presidente do Conselho Científico da Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama), aponta a praticidade como o ponto alto do estudo britânico. “Essa técnica de análise já é conhecida, mas poder fazer uma avaliação como essa apenas com o sangue é o maior destaque da pesquisa. No futuro, o método poderá ajudar a escolher o melhor tratamento, substituindo um que não se mostre eficaz por outro com mais chances de melhora”, diz.

 

Vissotto não descarta a possibilidade de o exame abranger outros tipos de carcinomas. Isso porque, segundo o oncologista, os cânceres, de maneira geral, liberam células tumorais circulantes. O especialista também cogita o benefício de realização do procedimento com mais frequência, ajudando no acompanhamento da doença. “Uma biópsia precisa ser feita de dois a três meses, e isso pode prejudicar o tratamento. Também usamos aparelhos de imagem, mas o tumor só aparece quando está grande. Conseguir identificar antes da formação dele ajudaria bastante a acabar com o problema precocemente”, detalha.

 

“Estamos em uma nova era da medicina do câncer, a personalizada. As biópsias líquidas oferecem a esperança de que o tratamento possa ser monitorado e adaptado de acordo com a evolução de cada indivíduo”


Paul Workman, presidente executivo do Instituto de Pesquisa do Câncer em Londres e um dos autores do estudo.

 

Fonte: Abradilan. 

 

Postado às 19:15
02/12/2015

A Organização Mundial de Saúde e a Organização Pan-Americana de Saúde emitiram nesta terça-feira um alerta mundial sobre a epidemia de zika vírus.

 

No comunicado aos países-membros, a organização pede que eles estabeleçam capacidade de diagnóstico da doença e que se preparem para um aumento no número de casos reforçando o atendimento pré-natal e neurológico.

 

O comunicado da organização reconheceu pela primeira vez oficialmente a relação entre o zika e os casos de microcefalia ao mencionar o estudo brasileiro do Instituto Evandro Chagas, que revelou a presença do vírus em um bebê microcéfalo.

 

"Há definitivamente uma conexão", afirmou à BBC Brasil em entrevista telefônica o especialista da organização, Dr. Marcos Espinal, diretor do departamento de doenças comunicáveis da Organização Pan-Americana de Saúde.

 

O documento divulgou mapas comparativos de 2014 e 2015, que corroboram a explosão de casos de microcefalia no Nordeste, onde os casos se multiplicaram 20 vezes.

 

"Há uma conexão entre as duas coisas, mas causalidade é uma outra história. Não podemos dizer 100% que é só o zika vírus a causa da microcefalia, ela pode ser atribuída a diversas questões. Há uma conexão porque há um evidente aumento nos casos de microcefalia no Brasil ao mesmo tempo em que há um surto de zika no país."

 

Nove países

 

Segundo a OMS, somente neste ano foram confirmados casos de zika em nove países das Américas. Brasil, Chile - na ilha de Páscoa -, Colômbia, El Salvador, Guatemala, México, Paraguai, Suriname e Venezuela.

 

O primeiro caso na Colômbia foi registrado em outubro, no Estado de Bolívar. Desde então já foi constatada a presença do Zika em 26 das 36 unidades territoriais.

 

Em novembro foram observados os primeiros casos em El Slavador, Guatemala, Mexico, Paraguai, Suriname e Venezuela.

 

"Quão grande é o problema? Bem, nas Américas nove países confirmaram a circulação do vírus", destacou o especialista.

 

Apesar de considerar a situação alarmante, Espinal ressaltou que a dimensão exata da epidemia ainda é uma incógnita: "Não sabemos ainda a real seriedade do risco", reconheceu.

 

"Como a doença tem sintomas suaves, muitos casos não são diagnosticados. Pode ser que tenhamos centenas de milhares de casos de zika e o número de casos de microcefalia seja eventualmente baixo", ponderou.

 

Fonte: BBC Brasil

Postado às 10:56
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