Não há vacinas ainda para prevenir o zika, mas é possível fazer algumas coisas para "fugir" do vírus.
As duas principais formas de prevenção ao zika – e às outras doenças causadas pelo Aedes aegypti, como dengue e chikungunya – são acabar com os focos do mosquito (locais de água parada) e usar repelente para evitar a picada.
A seguir, dicas de como se prevenir da doença:
1) Elimine todos os focos de água parada
As autoridades brasileiras têm afirmado que a principal forma de combater o zika é acabar com o mosquito que transmite o vírus. Para fazer isso, é necessário eliminar todos os possíveis focos de reprodução do Aedes aegypti.
O mosquito precisa da água parada para colocar seus ovos, então qualquer lugar que possa acumular o mínimo de água pode virar um foco da doença.
Isso inclui vasos de plantas, que às vezes ficam com água acumulada no prato, potes de água de animais domésticos, garrafas – elas devem sempre ser mantidas para baixo, assim como baldes -, e até poças de água da chuva no quintal ou na calçada. Privadas sem tampa também podem ajudar a proliferar o mosquito – é sempre preferível deixá-las com a tampa abaixada.
Os ovos do Aedes aegypti podem ficar até um ano em local seco apenas à espera de um pouco de água para que as larvas possam sair e virar mosquitos. Por isso, é preciso cuidado para não deixar a água acumular em nenhum lugar da casa.
É recomendável também limpar calhas várias vezes por semana e cobrir os reservatórios de água e piscinas, a não ser que eles sejam devidamente clorados (o cloro impede a reprodução dos mosquitos).
2) Use repelente
Para evitar ser picado pelo mosquito, a melhor estratégia é passar repelente em todas as partes expostas do corpo.
O Centro de Prevenção e Controle de Doenças dos Estados Unidos (CDC) recomenda a utilização de repelentes à base de n,n-Dietil-meta-toluamida (DEET) ou icaridina.
A orientação é que se aplique o repelente regularmente, seguindo as instruções na própria embalagem. Caso se utilize também o filtro solar, é importante passar o repelente depois porque o protetor pode "mascarar" seus efeitos.
Mulheres grávidas também podem utilizar o repelente – mas é sempre bom conversar com o médico para ver qual seria o mais adequado. Por conta do risco de microcefalia, é importante que as grávidas em especial façam muito uso do repelente para evitar a picada do mosquito.
3) Use roupas compridas
A orientação dos especialistas – principalmente para mulheres grávidas – é que utilizem roupas que deixem poucas partes do corpo expostas ao mosquito. Calças, blusas de manga comprida e roupas grossas para evitar que ao picada por cima delas – o que pode ser um desafio em meio ao verão de altas temperaturas no Brasil.
Há também algumas roupas especiais que contêm permetrina, um inseticida sintético incorporado ao tecido, mas isso só está disponível para comprar em alguns países.
4) Casa "à prova de mosquito"
Sempre que possível, especialistas recomendam dormir atrás de "barreiras físicas", como portas fechadas, janelas vedadas e telas de mosquito.
Durante a noite, um mosquiteiro pode oferecer uma proteção extra. Mas é bom lembrar que o Aedes aegypti costuma agir mais durante o dia, então o cuidado deve ser permanente.
Há também os sistemas de repelentes ligados na tomada e de nebulização de mosquito, com bicos que borrifam inseticida - que são amplamente utilizados apesar de serem polêmicos, já que podem afetar abelhas, borboletas e outros insetos.
5) Lixo
O lixo doméstico também pode se tornar um terreno fértil para os mosquitos – porque é fácil acumular água nele.
Especialistas alertam para que pessoas em áreas de risco tomem precauções extras ao manusear o lixo. É importante mantê-lo em sacos plásticos sempre fechados.
Pneus velhos e materiais de construção devem ser removidos de quintais – eles são um foco muito comum das larvas do mosquito.
Siga essas dicas e previna-se!
Fonte: BBC Brasil